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11:26 da manhã by Sheila
Domingo à noite, quando cheguei em casa após minhas horas de contribuição para a "festa da democracia", como mesária, ainda não se sabia exatamente os resultados das eleições. Os rádios, os jornais e a TV anunciavam dados vagos, incompletos, contraditórios às vezes. Prefiri me poupar de ficar vendo resultados parciais. Minha ansiedade podia muito bem esperar mais algumas horas. Enquanto isso fui tentando lembrar de meu dia de suplente de uma forma menos traumática. O vale-refeição de 7 reais não compensou acordar cedo e chegar em casa morta de calor e tédio. A experiência, apesar de uns poucos incidentes engraçados, não foi muito gratificante. Passei o dia destacando os comprovantes e pedindo que as pessoas assinassem no local indicado. Essa era a parte chata, porque era preciso ficar virando o caderno e depois virar de volta sem amassar os papeizinhos previamente semi-destacados. Legal era ver os nomes e sobrenomes bonitos, chiques, estranhos, diferentes ou horrendos etc. Tentei brincar de adivinhar a idade das pessoas, mas não dava tempo de fazer as contas e nunca cheguei a acertar a de ninguém. Ou seja, não tinha nada de divertido pra passar o tempo.
Curioso que várias pessoas já bem idosas e/ou doentes se esforçaram e foram votar em pleno domingo de Sol, mesmo já sem serem obrigadas. Como comentaram comigo no dia seguinte, a campanha na TV que podia ser resumida em "Sorria! Você está votando!" teve realmente um grande efeito. As pessoas na fila pareciam tão animadas quanto em um piquenique, conversando na maior alegria. Que bom.
E pensar que dia 27 vai ser tudo de novo...tudo não, com certeza vai ser mais rápido e menos difícil, afinal são menos números, bem natural, mas... enfim, sorria mesária, você está prestando "relevantes serviços" ao Brasil, como dizia na carta. Pelo menos uma eleitora me deu uma balinha de café - que até agora não comi.